Achei que ia ter insônia após a entrevista do Sr. Lula. Mas, não foi o que aconteceu.
Superficialmente, para quem está desinformado, para quem não está acompanhando as idas e vindas, acusações e desmentidos, até que ele se saiu bem.
Foi bem preparado, conseguiu na maior parte do tempo controlar a agressividade do olhar, do tom de voz, enfim, da expressão. Apenas no início de cada bloco, sua expressão era um pouco tensa, logo que as perguntas começavam, as respostas foram todo o tempo frágeis e vagas.
Levou pontos a seu favor, como diz Marcelo Coelho em comentário na Folha de São Paulo, justamente pela sua disposição em se explicar tão longamente, sem demonstrar irritação nem embaraço.
Não esclareceu nada de nada. O país não ficou melhor informado.
Negou: existência de caixa dois, apesar da entrevista de Paris, em que disse que todo mundo fazia isso;
- enfaticamente a existência do mensalão;
- desviando da pergunta ao responder o contrário do que foi perguntado, negou que o PT repassou dinheiro ao PL;
- Jefferson foi cassado por não provar as denúncias que fez;
- qualquer envolvimento do Zé Dirceu, de quem seria advogado, felicitando o país que tem um político da magnitude daquele;
- qualquer relação com dinheiro de Cuba;
- também o envolvimento de instituições públicas como o caso Banco do Brasil;
- Duda não é problema dele;
- nada irregular no aporte da Telemar à empresa do filho;
E, se o cerco apertava, lá vinha a resposta padrão: cabe a CPI investigar, as CPI's estão aí para isso e repetia o chavão à exaustão.
Conversei hoje com minha mãe, que considero o exemplo típico de massa de manobra, lulista até a alma.
Para ela o que ficou foram os números maravilhosos citados pelo presidente, suas realizações, superiores à qualquer outro governo em 22 anos.
Disse-me ainda ela: __é claro que ele tem que concorrer para continuar colocando o país na linha.
Sobre a corrupção: ele foi ingênuo, confiou nas pessoas erradas.
Adianta discutir????????
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